quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


Floresta

 

Sobrevivendo na subjetividade do sujeito.

Uma relíquia padece entre fumaça e fogo, vive nas diferenças dos diferentes olhares.

Sou agricultor, poceiro, mulher mata, biodiversidade, a salvação da nossa pátria.

Árvore, cheiro, orvalho e vidas sofrem com as neuroses;
Verde ameaçado

Sem a originalidade da sua essência, o rosto não apresenta o mesmo brilho.

A caminhada diminui.

Já tive a plenitude deste universo

Dividiram-me em pedaços. Uma artrose atrapalha-me.

Dores, desejos, afetos... Contrariam meus pensamentos.

Ainda tenho amor, não sei se ainda saberei amar.

Revolta não, solidão talvez!

Já fui serena quando a mocidade me possuía. Flores ao me apaixonar.

Quando me virão bela devoraram-me intencionalmente.

Resta o silêncio que sobrepõe os meus desejos.

O que importa se ninguém se importa com a minha dor.

Estou sem perspectivas, embora saiba que a salvação é necessária.

Eu ainda respiro beleza. Me salva, me conquiste, me ame, eu sei devolver amor.

Eu sou Terra, ar, água e vida, eu sou gente.

Meu nome é Floresta.

 

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