sábado, 11 de setembro de 2010

..: Reconhecimento :..

Mãe, eu estive pensando, como foi que eu nasci. Certo dia eu observava você e o papai juntos, havia algo bonito e especial, entre vocês. Afinidade, carinho, eu ficava orgulhoso de estar entre vocês e vê-los felizes.
Olhei para mim mesmo, um sorriso espontâneo alegrou o meu eu, descobri que fui gerado com muito amor.

Mãe foram nove meses vivendo na sua barriga, eu cresci dentro deste universo pequeno. Eu vi, ouvia e sentia tudo que se passava com você. Apesar de reinar absolutamente neste mundo barriga, eu sofria quando você tinha enjoou e não se alimentava corretamente e não dormia o suficiente, para se manter forte no dia seguinte. Chorei, não queria vê-la sofrer.

Eu adorava ver você e o papai namorando, ele acariciava sua barriga e lhe beijava, eu sentia o seu tocar e pulava de alegria, lembra mãe você falava, como pula este menino! Eu estava contente, principalmente ao lhe ver feliz, eu sorria das coisas engraçadas das piadas que o papai contava, tinha umas, mamãe, que eu não entendia. Algumas vezes eu ficava triste quando você chorava, doía o meu coração, eu sei que criar um ser vivo dentro de uma barriga não é algo fácil.

Eu precisava me movimentar, chutei sua barriga muitas vezes, eu queria chamar sua atenção, você trabalhava muito e não tinha tempo para cuidar da sua beleza, do papai e da nossa casa. Desculpe!

Quero lhe dizer que foi inesquecível o dia em que eu nasci, eu vi o quanto você e o papai ficaram felizes com a minha chegada, adorei a recepção.
Eu cresci e sei avaliar e valorizar a beleza da nossa existência. Continuo te observando, sua delicadeza e os cuidados que tens comigo, às vezes eu acho exagerado, mas fico feliz, porque você é o maior exemplo de dedicação, de mulher. Eu te amo, obrigado pela vida.


Terezinha Guimarães

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